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Suênia e Eu

Minha conterrânea: eu sou pernambucano do “Ré”cife e ela é da Paraíba. Ela aprecia Campina Grande, eu Caruaru: cidades aguerridas. Ela sabe dançar um forró que nunca aprendi na vida. Mas sou confortado com o belo fato do meu São João sempre ser maior que o da sua vila! As mesmas canas moídas nos engenhos e rapaduras nordestinas nossa sina nos deu: de poder fazer cada um a sua história com essas coisas divinas que o nordeste nos deu.

Trilhei caminho da História e ela o da língua portuguesa. Eu divago: o e no tempo sempre penso. Ela simplesmente vive intensamente sua breve conjugação no tempo presente. Lemos o mundo assim como o vemos, desse jeito, sem aperreio de perdermos nossos “Oxentes”, “Visses” e todos demais traquejo musical do nosso comum dialeto.

Ela gosta de fulia e eu de harmonia sem nos perdermos, contanto, nas estripulias na vida dura que levamos a cada dia. Ela prefere mais a fumaça e eu o vento e os cheiros das neblinas matutinas. Ela é pau prá toda obra na escola: já eu sou dispersivo apenas em minha própria disciplina.

Suênia e Eu; eu e Suênia: nordestinos de coração e de cabeça, com histórias de vida parecidas diferentemente sendo tecida numa terra tão distante e diferente daquela que cada um de nós nasceu. Mesmo longe hoje dela, guardaremos sempre o que há de melhor se continuarmos sendo o que sempre fomos à vida inteira, toda até agora: nós mesmos: Suênia e Eu: nordestinos e amigos até então.

©Desprof.Peixoto

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O SINTERO DA ERA DA “MANOELCRACIA”

“Posso não concordar com nenhuma das palavras que você diz, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-la.” Françoise Marie Arouet Voltaire

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1- É sabido que professoras, professores, merendeiras, pessoal de apoio, vigia, supervisores, enfim, os trabalhadores da educação do Estado de Rondônia estão de greve desde o dia 23 de fevereiro de 2012. O que as pessoas não param para pensar é que num universo de 24 mil servidores segundo diz o Governo do Estado, quem está em greve constitui uma minoria. Quando o presidente do SINTERO grita que a “maioria” aderiu ao movimento, esta “maioria” é, de fato, a maioria de uma minoria que se submete a seguir como um rebanho bem adestrado a patota do “SINTERO somos sempre nós” que detém a hegemonia do poder sindical a mais de vinte anos a fero e a fogo, a qualquer custo da ética, sem nenhum adversário a sua altura. Eles, sempre foram incomparavelmente imbatíveis, graças ao poder econômico e ao controle do aparelho sindical sob seu controle. A oposição não é nada diante deles: não passam de um grupinho de teimosos sonhadores que tentam quase que de forma suicida, vencer esse pessoal nas urnas ou na tribuna das ditas assembléias convocadas pela supracitada patota.

2- Esta a primeira greve do atual sumo pontífice do alto clero de dirigentes do SINTERO, Manoel Rodrigues [bcc]. A conjuntura tem conspirado ao seu favor como parece pelas coisas que vem acontecendo. O aparente sucesso do “movimento paredista” não é fruto de um maduro processo de educação sindical, pois isso deixou de acontecer a contento desde o dia em que seu líder fundador, Roberto Sobrinho, conseguiu saltar para o mundo da política e se tornar secretário da educação do prefeito Guedes e pouco tempo mais tarde, se tornar o burgomestre de Porto Velho. Existem outros fatores ligados a mudanças na conjuntura nacional, ao longo da história, que contribuíram para o SINTERO, gradativamente, ir deixando de ser um sindicato de base, de luta política nos locais de trabalho para se tornar o sindicato de resultado que é hoje. O SINTERO de hoje, é o que tem sido todos os sindicatos filiados a Força Sindical de sempre! O SINTERO tornou-se pragmático, de resultado e eleitoreiro, não diferindo, substancialmente, do ideal de sindicalismo representado pela Força Sindical. Isto porque a CUT a qual ele está filiado também mudou desde a primeira eleição de Lula para presidente da República. Atualmente não difere tanto de sua aparente rival.

3- As reais intenções que movem essa patota a fazer o que fazem são ofuscadas pelas falsas intenções oficiais propagandeadas pela patota por todos os meios midiáticos possíveis para que o filiado comum não perceba a tempo de impedi-los. É,… o sindicalismo pode ser movido por razões puramente ideológicas no sentido perverso dado pelo marxismo a palavra ideologia. Em outros termos: ideologia como máscara da realidade. É verdade que a categoria tem motivos econômicos para fazerem greve, mas esses motivos não explicam tudo! Quando a patota informa na televisão e durante as assembléias que a greve é por salário justo, valorização salarial e melhoria da qualidade de ensino, o que vemos na prática que o que mais interessa é o aumento salarial que se pode conseguir. Da parte do cardume ali reunido em sua maioria, o que interessa de fato é o MONEY mesmo. Da parte da patota dirigente, o que interessa é se refazer politicamente diante da categoria dos estragos e desgastes políticos sofridos durante a gestão do governador Ivo Cassol e preservar os interesses econômicos paralelos e ocultos que estão em jogo. O resto é conversa para boi dormir.

4- Fazem parte desse joguinho oculto, por exemplo, a construção da nova sede, do novo “Vaticano”. Digo oculto, porque nem sequer havia na placa de informações da obra o valor total do gasto que será feito. Coisa que o ilustre irmão em Cristo, o professor e Secretário Geral da entidade só colocou depois que esse historiador que vos escreve agora questionou esse duvidoso “esquecimento”. Além disso, quando foi mesmo que a categoria foi consultada e autorizou tamanha obra de construção? Houve licitação? Quem é o engenheiro responsável mesmo? Ah, mais isso, a maior parte da categoria que vai as assembléia não quer saber. Os espertos do alto clero da direção sindical comemoram, mas estão super alerta aos ditos “adversários” históricos como o professor Francisco Batista, conhecido como Pantera que podem investigar e descobrir outras coisinhas a mais, sujas, que correm pelos bastidores dessa greve e dessa direção.

5- Por essa e outras razões é que desde o começo da greve no dia 23 de fevereiro, o professor Haroldo Félix e outros monges, em suas diversas falas, têm procurado alfinetar, indiretamente, os seus adversários fazendo por alguns instantes, à categoria perder o foco do movimento com o objetivo de desqualificar, preventivamente, qualquer eventual fala de qualquer um dos inúmeros discordantes dessa longeva direção. Cito como exemplo disso, a reação absurda a fala do professor Pantera no dia 08. Neste dia o presidente deu formalmente a palavra, mas permitiu que a pessoa que falou depois dele o desqualificasse publicamente e sem meias palavras. Resumidamente falando, o professor de Jarú Wilson Lopes, argumentou que o Pantera deveria se calar porque tem cargo comissionado dentro do atual governo.

6- Ora bolas, se esse argumento fosse válido, a maioria que compõe a direção do SINTERO não deveria falar nunca, pois eles fazem parte do PT [Partido dos Trabalhadores] e este partido faz parte da base aliada do Governo do Estado de Rondônia. O marido da ex presidente da entidade, também, tem cargo comissionado dentro do governo, logo, ela jamais deveria sequer ser presidente do sindicato. Mas, esse argumento só serve para o professor Francisco Batista como parece. Após a agressão verbal sofrida pediu ao presidente Manoelzinho o direito de réplica e este, movido por um democratismo casuístico, perguntou para a assembléia ali reunida se o professor poderia se defender? A claque da patota do “SINTERO somos nós sempre” que atuam em todas as assembléias como uma espécie de animadores de auditório induziu o restante ali presente, pelo o menos a maioria, a não deixarem o Pantera se defender das acusações sofridas.

7- Esse fato mostra o tipo de democracia que os representantes da categoria dos trabalhadores da educação praticam na realidade. A democracia que ousam cobrar do governo atual! Como são caras-de-pau! Nesse momento, o que foi visto de verdade foi a “manoelcracia”: uma variante deturpação católico-carismática sindical da democracia representativa que eles dizem seguir. O presidente que deveria respeitar o direito a fala, censurou-a publicamente. Porque quem queria falar era um adversário político, não um fiel seguidor. Não era uma das suas ovelhas ali presentes ou lobo aliado, mas o pantera! Manoelzinho começou muito bem sua primeira greve espetáculo, fazendo Voltaire se mexer dentro do túmulo e reforçando o sentimento fascista oculto dentro de muitos professores como esse tal Wilson Lopes que só saem do armário quando se dão conta que seus amiguinhos ideológicos estão em perigo.

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Prof.Wilson Lopes de Jarú injuriando o colega de profissão, prof.Pantera.

Prof.Wilson Lopes de Jarí injuriando o colega de profissão, prof.Pantera.

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10 de março de 2012 · 20:59

ESCOLA PÚBLICA VIRA PICADEIRO PARA O CIRCO DO ENSINO PRIVADO DE RONDÔNIA

Postado em 08 de Setembro de 2011

1. Hoje, agorinha, já está chegando ao final a “palestra”-show misturado com palhaçadas dirigidas por um cara fantasiado de Sílvio Santos, assessorado por DJs que, enquanto ele fazia sua performance, deixava rolar um fundo musical brega. Este “evento” promovido por uma instituição privada que vende cursos profissionalizantes e cursinhos preparatórios para os exames do ENEM que atende pelo nome de Conectiva Cursos foi permitida pela atual dupla dinâmica de gestoras da E.E.E.F.M Priscila Rodrigues Chagas situada no bairro Cidade Alta na cidade de Rolim de Moura, afim de prestigiar a força do mercado privado de educação e informar aos alunos da escola acerca dos seus produtos. Como não sabem como fortalecer o Ensino Médio, permitiram que esse evento privado fosse promovido no lugar das aulas de hoje. As aulas de hoje foi essa “palestra” de interesse privado.
2. Educação não deveria ser mercadoria privada. Escolas Privadas nem sequer deveriam existir. Pelo o contrário: a educação deveria ser pública, gratuita e de qualidade para todos sem distinção. Tanto para o rico como para o pobre, todos, se quisessem estudar deveria ter apenas essa opção dentro do Brasil: ou ir para uma escola pública ou sair do País se quisesse consumir essa à educação mercadoria que é oferecida no mundo lá fora. Uma educação com vários recursos que agregam valores ao produto principal e que, infelizmente, a Escola Pública brasileira está longe de oferecer por falta de recursos: show, palhaçadas, pantomimas, festinhas para desfiles das grifes, apostilas e fardamentos estilizados, restaurantes ou cantinas pós modernas, sala hiper refrigeradas, amplo espaços de sala de aulas, lousa conectada ao computador sensível ao toque e garçons do conhecimento: osprofessores showmans a disposição dos consumidores chamados de clientes, perdão, alunos.
3. Ora bolas, por que somos obrigados a tolerar eventos similares a esses que acontecem hoje, agora, no Priscila? Nessa escola pública? Primeiro porque no Brasil é permitido que haja educação diferenciada: uma para os pobres e outras para os ricos. Segundo, o Estado brasileiro investe muito pouco do que deveria investir, não tem efetivo interesse em fortalecer o ensino público. Pelo contrário, cria programas como o PROUNI e o FIEIS para satisfazer pessoas da chamada nova classe média. Um tipo de gente que deseja, mais do que tudo, se sentirem próximos das elites e que para que isso se torne realidade encontra no governo o apoio que precisam através desses mecanismos de promoção da educação-mercadoria das instituições privadas.
4. Os ditos cursinhos preparatórios, antigos pré-vestibulares, agora chamados de pré-ENEM tais como Conectiva Cursos, Colégio Objetivo, Classe A, Mestres e congêneres se associam com faculdades privadas, muitas vezes uma é extensão da outra para seduzirem, especialmente, os alunos das escolas públicas. Muitos deles, justamente, os filhos dessa nova classe média para serem seus consumidores-alunos. Neste caso uma mão lava a outra. Mas, o que tais faculdades ganham, indiretamente, ao agirem assim consociadas a tais cursinhos? Recursos do Governo Federal que deveriam ser absolutamente destinados para o Ensino Público, mas que não são como o PROUNI e o FIEIS. O PROUNI é um programa do Ministério da Educação, criado pelo Governo Federal em 2004, que oferece bolsas de estudos em instituições de educação superior privadas, em cursos de graduação e seqüenciais de formação específica, a estudantes brasileiros, sem diploma de nível superior. Já o FIES é destinado a financiar, prioritariamente, a graduação no Ensino Superior de estudantes que não têm condições de arcar com os custos de sua formação e estejam regularmente matriculados em instituições não gratuitas, cadastradas no Programa e com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo MEC.
5. Observem que a existência de tais programas só prova as faltas que se apontam no ensino brasileiro. É um indicativo da sua péssima oferta e qualidade. Quanto mais cursinho e faculdades privadas existirem, pior fica a situação da Educação Pública. Porque dinheiro público é usado para ajudar a iniciativa privada em nome de uma educação que deveria ser também um bem público, não uma mercadoria. Por isso é escandaloso, quando as escolas públicas são cedidas para servirem de picadeiro para os shows e palhaçadas promocionais dessa minoria privilegiada. Mas escandaloso ainda: quando quem fica aplaudindo, rindo, achando bonitinho e incentivando os alunos a aplaudirem as pantomimas que são apresentadas são boa parte dos professores “da casa”, isto é, dessas escolas públicas, do Priscila, João Bento lá na capital e outras. Uns professores que para manter sua aparência de classe média, faz qualquer negócio, inclusive, programa por fora nesses prostíbulos do saber pago. Lamento agora fazer parte da minoria nessa escola pública onde trabalho e lamento mais ainda que muitos desses garçons do ensino, garotos e garotas de programa do ensino privado se dizem colegas meus. Lamento pelas Escolas Públicas desse país!

 

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Francisco Pantera e Alziro, o Zarúh: exemplos de dirigentes sindicais…. “homenagem”.

Desde o dia 03 de julho, o presidente da CTB de Ruindônia e o cêtebista mais ferrenho desse novo inferninho do sindicalismo brasileiro, rebento da CUT, deram suas palavras, juraram por todos os santos do cristianismo e entidades do candomblé de que, no mínimo, seriam melhores que a turma do “SINTERO SOMOS NÓS”, seus rivais, que iriam ressarcir a despesa que três convidados seus tiveram com o transporte para se dirigirem para o segundo encontro da CTB em Guajará Mirim. Sob pressão ou talvez para amenizar para seu lado, o ilustre presidente da entidade fez uma vaquinha e conseguiu um pedaço do total que foi gasto. O restante ficou na promessa e na beira do abismo do esquecimento. Para evitar isso, é que dedico à pantera poeta-rimador e um dos seus pupilos os versos de Nando Cordel abaixo.

Pague meu Dinheiro
Nando Cordel
Composição: Nando Cordel

Pague meu dinheiro,ôôô
Pague meu dinheiro, ôôô
Quem deve paga meu amigo não atrasa
Pague meu dinheiro
Você falou que era um sujeito direito
Todo cheio de respeito, um tremendo cidadão
Se combinou, ficou tudo acertado,
o negócio foi fechado na maior satisfação
Passou um dia, outro dia, 20 dias
Eu fiquei de agonia, você não apareceu
Oh! Meu amigo, eu sou um chefe de família
Tenho um filho e duas filha, vem trazer o que é meu
Pague meu dinheiro…

A gente esquece que isso é uma passagem
Que a genteperde a carne, mas, não perde a alma não
Quem deve paga isso é fato consumado
o senhor está atrasado faça a sua obrigação
Agora pense o senhor lá na outra vida num lugar quase tranquilo, comeando a se fazer
E de repente chega alguém na sua frente
O senhor fica espantado com o que ele vai dizer

Pague meu dinheiro…

Você gostaria se isso fosse com você
Se você quiser saber se coloque em meu lugar
Faça para os outros o que queria pra você
Essa regra é um dever, faz a gente se tocar
Dê um aviso, um alô, um telegrama
Não esqueça a minha grana
Mande um cheque pode ser
Senão eu boto essa música te lembrando
Todo dia, toda hora pra você não esquecer
Pague meu dinheiro…

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Válida a inscrição do meu blog ao serviço de Paperblog sob o pseudônimo Peixoto 1967

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